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O senador Arolde de Oliveira (PSD-RJ) morreu hoje em decorrência de uma falência múltipla dos órgãos causada por complicações da covid-19, segundo informado pela família por meio das redes sociais. Oliveira, de 83 anos, estava internado desde o último dia 4 em um hospital do Rio de Janeiro.

"Comunicamos que, nesta noite (dia 21 de outubro), o Senhor Jesus recolheu para si nosso amado irmão, senador Arolde de Oliveira. Falecido vítima de covid e, como consequência, a falência múltipla dos órgãos. A família agradece desde já todas as manifestações de carinho e orações recebidas todos estes dias", diz a publicação.

Deputado federal por nove mandatos consecutivos, ele foi eleito senador em 2018 com 17% dos votos válidos, superando nomes tradicionais no Rio, como César Maia (DEM) e Lindbergh Farias (PT). Oliveira disputou as eleições na chapa do então candidato a governador, Índio da Costa (PSD), mas teve na família Bolsonaro o principal apoio para chegar ao Senado.

Evangélico e fundador de um grupo de comunicação especializado em música gospel, o senador nasceu no município de São Luiz Gonzaga, no Rio Grande do Sul. Foi integrante da Aman (Academia Militar das Agulhas Negras), no Rio de Janeiro, e se formou engenheiro pelo IME (Instituto Militar de Engenharia).

Entre as principais pautas defendidas pelo senador durante a campanha, estiveram a flexibilização do Estatuto do Desarmamento, a redução da maioridade penal, redução do número de parlamentares, o movimento "Escola Sem Partido" e posições contrárias à legalização do aborto e das drogas.

Neste ano, o seu segundo como senador, Oliveira fez coro à defesa do uso da hidroxicloroquina para tratar os pacientes infectados pela covid-19, ainda que não haja nenhum estudo que comprove a eficácia do medicamento contra o coronavírus.

"O tratamento da covid-19 com cloroquina divide a opinião dos especialistas. Fico com a sugestão do uso do medicamento desde o início, como quer o presidente Jair Bolsonaro, além do isolamento social seletivo", escreveu o senador em 10 de abril. "Hoje é urgente salvar vidas; amanhã, salvar empregos, renda e empresas".

Ele também criticou, em diversas oportunidades, a CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) das Fake News, considerado "ilegal e inconstitucional". "Esse ato insano requer Garantia da Lei e da Ordem. Querem calar os conservadores. Temos que reagir", publicou Oliveira em 27 de maio.

Fonte: UOL