Foto: Divulgação

O prefeito do Cabo de Santo Agostinho, Lula Cabral (PSB), tem demonstrado que não estar para brincadeira, quando o assunto é disputa pelo poder. Prefeito de três mandatos a frente da gestão cabense, com experiência de ter sido deputado estadual, ter elegido o sucessor, Vado da Farmácia em 2012, ter elegido o irmão Everaldo Cabral várias vezes deputado estadual, e em 2018 conseguiu o feito de eleger sua filha Fabíola Cabral para uma das 49 cadeiras na Alepe, com esse histórico demonstra que entende como ganhar votos e vencer disputas eleitorais. 

Com uma eleição a porta, uma oposição pulverizada na cidade com sete nomes que pretendem concorrer as eleições para prefeito, sendo eles, Vado da Farmácia (PRTB), Delegado Resende (Podemos), Elias Gomes (MDB), Arimateia (SD), Eduardo Cajueiro (PTB), Ezequiel (PT) e Kéko do Armazém (PL). Lula segue a passos largos na corrida pela reeleição.

Se a oposição pretende derrotar Lula Cabral, que perdeu parte de sua popularidade após escândalos de corrupção por supostos desvios de verbas da previdência municipal, na ordem de 92 milhões de reais. Mas parece ter recuperado uma parte do que se foi, realizando ações nas comunidades, além do seu jeito de fazer política andando na cidade e falando com as pessoas. Os opositores terão que formar uma grande frente com diversos partidos e lideranças políticas. Lula não é um adversário fácil de abater, e muito menos brinca de fazer política. 

Há rumores de uma possível aliança entre o Delegado Resende, que em pesquisas internas pontua bem disputando com o atual prefeito, com o ex-prefeito Vado da Farmácia. Outra aliança possível é a de Elias Gomes, Eduardo Cajueiro, e Arimatéia em um grupo. Mesmo que a oposição tenha mais de uma candidatura a prefeitura, se faz necessários a unidade para alguma das alternativas crie volume, que essas 7 pré-candidaturas formem no máximo três ou quatro candidaturas a prefeitura. 

Outra coisa que pode somar eleitoralmente para o prefeito Lula Cabral, é uma possível composição com o cantor Rogério Som (PDT), que vem fazendo sua pré-campanha para disputar uma vaga na Câmara Municipal. Mas essas andanças que conta com a força da máquina em algumas ações em comunidades que são redutos do cantor, pode ser apenas a maquiagem, para tirar de tempo e de foco, tendo essa carta na manga da composição de Rogério na vice de Lula. 

A oposição por sua vez tem três grandes desafios, formar candidaturas com volume, buscar a unidade mínima entre os pré-candidatos, e ter cuidado na composição das chapas para que elas atraiam a atenção, a confiança e o desejo do eleitor cabense. 

Paulista - O retorno do prefeito Júnior Matuto ao comando da prefeitura, por ter sido afastado após operações da polícia civil, por supostas irregularidades em contratos e licitações, tendo sua volta concedida liminarmente pelo ministro Dias Toffoli do STF, foi motivo de festa dos governistas, e apoiadores do seu candidato a sucessor, Francisco Padilha (PSB), que esteve durante todo ato, ao lado do seu padrinho político. Para a oposição o dia foi de silêncio, o vice-prefeito da cidade Jorge Carreiro (PV), disse que nos 15 dias que esteve a frente da gestão, levantou muitos mau feitos do prefeito na administração municipal, e que irá aos órgãos de justiça denunciar, esse deverá ser o tom da campanha que o povo de Paulista deverá acompanhar. 

Klaus X Mary X Lailton - Três nomes estão na corrida pela prefeitura de Escada, um com o poder da máquina, Klaus Lima (PSB), que também conta com o apoio do prefeito Lucrécio Gomes, que ungiu seu nome para lhe suceder. Mary Gouveia, que foi deputada estadual, e em 2016 saiu das urnas com pouco mais de 17 mil votos, mantendo o nome vivo, e sendo a adversária natural na disputa pela prefeitura. E o empresário Lailton Nogueira (PSDB), que por ser uma liderança do setor mais ligado aos evangélicos, e por pontuar com dois dígitos em pesquisas internas, tem sido visto como alternativa para os eleitores que rejeitam o fla-flu, dos grupos ligados aos Gomes e Gouveias. 

PSOL - O ex-deputado federal Professor Paulo Ruben, sofreu uma derrota após recorrer da decisão do partido no Recife e em Pernambuco, que decidiu pela aliança com o PT na capital, e deverá ter Marília na corrida pela prefeitura. O Diretório nacional do PSOL rejeitou o recurso de Ruben, por 35 votos contrários e 28 votos a favor. Com o reforço do partido a candidatura de Marília a prefeitura, é cogitada a possibilidade de que a sigla indique o nome do vice-prefeito que irá compor a chapa petista. 

Marília – Com o reforço do PSOL a candidatura de Marília, o tão sonhado e defendido discurso do senador Humberto Costa, de coleguismo com o PSB começa ser uma possibilidade remota. Além da própria Arraes ser ferrenha opositora dos socialistas, a vinda do PSOL para sua base de apoio empurra a pré-candidata para ainda mais distante da vontade de Humberto e de setores do PT, que estão no guarda-chuva do governo do estado e da prefeitura do Recife. 

Pergunta que não quer calar- Haverá unidade na oposição ao prefeito Lula Cabral?