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A pré-candidata a prefeitura do Recife e deputada federal Marília Arraes (PT), tem grandes desafios pela frente, um deles é conter o abraço da serpente dentro do PT do Recife, que pode lhe sufocar na consolidação de sua candidatura a prefeitura da capital. 

Isso porque desde de 2018 quando pretendia disputar o governo de Pernambuco, e por um acordo nacional com PSB, teve rifada sua candidatura aqui, e Márcio Lacerda em Minas Gerais. Grande parte da negociação teve as digitais do Senador Humberto Costa, que acabou garantindo o PT na Frente Popular pela reeleição de Paulo Câmara, e sua reeleição a mais 8 anos no Senado Federal. Na ocasião mesmo sendo impedida de disputar aquela eleição onde aparecia bem colocada nas pesquisas, Marília não saiu perdendo, ganhou um mandato de deputada federal e a segunda maior votação do estado, consolidando seu nome como uma liderança da nova geração em ascensão. 

Além de Humberto querer manter a aliança com PSB, que terá João Campos como candidato a sucessão de Geraldo Júlio. Forças palacianas tem trabalhado para mais uma vez tirar a deputada da corrida eleitoral. Isso porque a petista tem mostrado força política e conexão com o eleitorado, todas as pesquisas realizadas mostram Marília bem colocada na corrida municipal. 

A pré-candidata terá diversos desafios pela frente, apenas o aval da nacional do PT colocando como prioridade a sua candidatura em Recife, não a faz candidata. Manter os ânimos de Humberto que vê em Marília uma sombra para seus projetos, unir o PT no projeto majoritário, ou ao menos aparar as arestas, além de construir uma aliança partidária para a composição de sua coligação, são algumas das tarefas que deverão ser cumpridas pela neta de Arraes. 

Câmara do Recife - Alguns novos nomes podem surpreender nas eleições municipais do Recife para ocupar uma das cadeiras do legislativo recifense, figuras como as advogadas Dani Portela (PSOL) e Liana Cirne (PT), despontam como possíveis vereadoras eleitas em 2020. Outros nomes como Auréo Cisneiro (PSOL) e Edilson Silva (PCdoB) aparecem no circuito com chances de chegar a casa legislativa. 

PT e PSB - Em entrevista a Rádio Folha o Senador Humberto Costa disse apostar que no domingo, quando será realizada a reunião do diretório municipal do PT, 70% dos votos serão pela manutenção da aliança com o PSB. Marília Arraes conta com o apoio da nacional do partido, a presidente do PT Gleisi Hoffmann já sinalizou que em Recife a prioridade é a candidatura própria, já defendida anteriormente pelo ex-presidente Lula, um dos padrinhos da candidatura de Marília a prefeitura. 

Jaboatão – Um nome que tem surgido como novidade na disputa pela prefeitura é o da advogada Maíra Vilar, a pedetista que faz parte do grupo liderado no estado pelo Deputado Federal Túlio Gadêlha, tem mobilizado as redes sociais e as discussões politicas na cidade. A pré-candidata é a única mulher na corrida municipal pela prefeitura de Jaboatão dos Guararapes. 

Caso Queiroz - Se sair o tão esperado acordo de delação premiada, Queiroz poderá implodir o governo de Jair Bolsonaro, isso poque o ex-assessor de Flávio Bolsonaro, sabe muito e conhece de perto as transações da família, e tem muito o que falar. Resta saber se ele está mesmo disposto a colocar as cartas na mesa e entregar o jogo. Em contra partida Queiroz quer sua família isenta de qualquer retaliação para poder abrir o bico. 

MEC – O recém-chegado ministro da educação Carlos Alberto Decotelli, teve seu nome bastante veiculado na mídia após o reitor da Universidade de Rosário na Argentina, não reconhecer seu título de Doutor, como constava em seu currículo lates. O vexame ganhou as primeiras páginas da mídia, e já deixou em cheque parte de sua qualificação e credibilidade para o cargo, resta esperar as cenas dos próximos capítulos, coisa que no governo federal não tem faltado nos últimos meses. 

Pergunta que não quer calar: O PSB continuará na lógica de ter que tirar Marília da disputa para eleger seu candidato?