Participação das co-deputadas do mandato do PSOL tem gerado incômodos entre alguns deputados estaduais
Co-deputadas do mandato coletivo Juntas do PSOL. Foto: reprodução |
A sessão plenária da Assembleia Legislativa de Pernambuco nesta quarta-feira (30/10), foi marcada por um debate entorno da participação do mandato coletivo das Juntas (PSOL), no dia-a-dia da casa legislativa, a reclamação foi feita pelo deputado estadual Alberto Feitosa (SD), que disse está passando por constrangimentos e situações desagradáveis com o posicionamento das co-deputadas, em reuniões onde elas vem se impondo na participação, o deputado afirma que apenas uma dela tem o direito dado por lei de participar e ter voz na casa legislativa, e não as demais que são co-deputadas.
O mandato das Juntas do PSOL, é primeira experiência de mandato coletivo no estado de Pernambuco, eleitas nas eleições de 2018, o candidatura foi registrada em nome da deputada Jô Cavalcanti, que faz parte do coletivo. O que tem causado problemas de convivência dentro da Alepe com alguns deputados, é a participação das demais em reuniões com direito a fala e participação efetiva no mandato.
Deputado Estadual Alberto Feitosa do Solidariedade. Foto: Alepe |
A maior argumentação do deputado Alberto Feitosa é que apenas uma representa o mandato, que é a deputada Jô, e que as demais não podem estar interferindo de forma direta, porque apenas uma foi diplomada e assim deve representar as demais.
Quem faz cavalo de batalha é vossa excelência deputada Jô, a senhora dise em uma nota que as Juntas estão acima do tempo e das leis, não pode deputada, nada pode estar acima da lei, eu lhe respeito mas a senhora e suas colegas não me respeitaram" disse Feitosa. O Deputado também reclamou de uma nota publicada pelas Juntas onde ele foi taxado de várias fobias.
Entraram na defesa das Juntas, os deputados João Paulo (PCdoB) e Tereza Leitão (PT). "Quem dera o mandato das Juntas fosse o maior problema desta casa" disse Tereza. já o ex-prefeito João Paulo afirmou "Vamos ter paciência e entrar em um acordo, essa casa tem assuntos maiores e mais urgentes" destacou.
Deputada Jô Cavalcanti do Coletivo Juntas. Foto: Alepe |
"Não teria necessidade de estar trazendo esse assunto para essa tribuna, eu acho que o senhor está de alguma forma se antecipando dizendo que agente está quebrando alguns protocolos desta casa, mas se for ao pé da letra vários protocolos são quebrados cotidianamente aqui, a deputada Clarissa veio dizer que tinham assessores sentados nas comissões nas cadeiras dos deputados, assim como tinham assessores dela sentado também, quando sempre chega o momento de ser as Juntas é esse cavalo de batalha" destacou a deputada Jô Cavalcanti (Juntas).
O Deputado Alberto Feitosa pediu um parecer da mesa diretora, e reclamou de não ter recebido retorno, em resposta, sobre quais os limites que as Juntas tem dentro do funcionamento da casa legislativa.
"O ambiente é propicio para esse tipo de debate, vossa excelência não mente quando fala que deu entrada ao pedido de informação, e eu disse a vossa excelência que nós iriamos construir da melhor forma, eu aqui não quero cessar o direito de deputado e deputada nenhuma, fizemos uma reunião com os líderes dos partidos já para estreitar cada vez mais a relação e os trabalhos nessa casa" disse Eriberto Feitosa presidente da Alepe.
O "cavalo de batalha" que impera entre alguns deputados na Alepe sobre a participação das co-deputadas nas reuniões na Assembleia Legislativa, parece que está longe de ter um desfecho pacifístico e uma conciliação, o caso poderá chegar a justiça como ameaçou o deputado Alberto Feitosa.
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