Imagem: TV Replay |
OP9 - Uma operação da Polícia Civil deflagrada por uma equipe do Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Draco) prendeu, na manhã desta quarta-feira (7), a ex-prefeita do município de Gameleira, na Zona da Mata Sul de Pernambuco, Yeda Augusta Santos de Oliveira. Além dela, outras oito pessoas — cinco delas mulheres — foram presas por força de mandados expedidos pela Vara Criminal da cidade. Todos os investigados são apontados como envolvidos nos crimes de organização criminosa, peculato, fraude à licitação e lavagem de dinheiro. Durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão, foram apreendidos uma caminhonete e um quadriciclo.
Outra operação motivada pelos mesmos crimes, realizada em Amaraji, também na Mata Sul, cumpriu nove mandados de busca e apreensão. Um dos presos em Gameleira, o advogado o advogado Geraldo Gonçalves, era o elo dos esquemas criminosos nas duas cidades. De acordo com as investigações, os envolvidos nas fraudes nos dois município teriam desviado cerca de R$ 600 mil dos cofres públicos de Gameleira e outros R$ 400 de Amaraji, totalizando um montante de R$ 1 milhão. O valor ainda pode aumentar com andamento das apurações.
De acordo com as investigações, levadas a cabo pela Polícia Civil, pelo Ministério Público de Pernambuco e pelo Tribunal de Contas do estado, entre os anos de 2012 e 2016 ocorreu o favorecimento em licitações nas áreas de assessoria jurídica, técnica e contábil nos dois municípios. Apesar de contratadas e pagas, as empresas vencedoras não prestavam os respectivos serviços.
Ex-prefeita já havia sido presa em 2014
Yeda foi prefeita de Gameleira entre os anos de 2013 a 2016 e não conseguiu se reeleger na eleição mais recente. Ela já havia sido presa em 2014, na época em que exercia mandato, por porte ilegal de armas. Ela e o marido — na época secretário de Transportes de Gameleira — trafegavam em um veículo de propriedade dela pela BR-101, no Cabo de Santo Agostinho, quando foram abordados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). No carro, foram encontrados dois revólveres calibre 38, uma pistola 380 e munições.
Em depoimento, ela alegou que a pistola pertencia a um policial militar que prestava serviços de segurança privada a ela e afirmou não saber a procedência dos revólveres. O casal foi autuado em flagrante, mas pagaram uma fiança de R$ 4 mil e foram liberados.
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