Presidente Mauricio Macri tenta a reeleição, e nas prévias que definem quais candidatos irão disputar o pleito de outubro, sofreu durra derrota por chapa que tem Cristina Kirchner como vice.
Cristina Fernández de Kirchner e Alberto Fernández no encerramento da campanha em Rosário.AFP |
No último domingo (11/08) os argentinos foram as urnas para participar das prévias eleitorais, que definem quais candidatos participarão do primeiro turno das eleições presidenciais no dia 27 de outubro. Com quase 90% das urnas apuradas, Alberto Fernández vencia por 47% dos votos, enquanto que o presidente Mauricio Macri levava 32% da preferência.
O presidente Jair Bolsonaro é recebido pelo argentino Maurício Macri na cerimônia de boas-vindas antes de reunião na Casa Rosada, em Buenos Aires, 6 de junho de 2019 - AFP |
A derrota de Macri nas eleições prévias, sinaliza que a Direita na America latina começa a força que ganhou nos últimos anos após a eleição de Donald Trump, em 2016 para a presidência dos Estados Unidos, que alimentou um sentimento anti-político no mundo, com o avanço da intolerância e da divisão por, cor, raça, credo, posição, orientação sexual, etnia e posicionamento político ideológico. Resultado dessa política representada por Trump foi a eleição de Jair Bolsonaro nas eleições de 2018 no Brasil.
Caso se consolide em a larga vantagem de Alberto Fenández em outubro, é possível que a chapa dele que conta com ex-presidente Cristina Kirchner como vice, vença a eleição ainda no primeiro turno, isso porque as regras eleitorais da Argentina, dizem que o candidato que obter, 45% dos votos, ou uma vantagem de 10% a frente do segundo colocado vence a disputa.
Um dos maiores entusiastas da reeleição de Maurício Macri a presidência da Argentina, o presidente Jair Bolsonaro, declarou que caso a esquerda ganhe não gostaria de ver os argentinos fugindo para o Brasil. Por trás da fala do mandatário brasileiro, é possível perceber seu receio na ascensão da esquerda na America Latina, representando para ele menos força nas suas ideias neoliberais para serem implantadas no Merco Sul, além de ser a minoria no bloco. Outra questão são os reflexos que essa vitória da esquerda poderá representar um movimento de volta da esquerda ao comando dos principais países latinos, entre eles o Brasil nas eleições de 2022.
A ex-presidente brasileira Dilma Rousseff, declarou que a vitória de Alberto e Cristina, representam uma luz no fim do túnel para o povo argentino e para a América Latina, "Triunfo enorme das forças progressistas sobre o neoliberalismo" destacou em sua conta no Twitter.
A volta da esquerda ao poder na Argentina ascende um sinal vermelho para a direita, e dar sinais de vida longa a esquerda e aos lideres latinos alinhados com pensamentos de esquerda. O ex-candidato a presidência do Brasil em 2018, Fernando Haddad, afirmou na última semana que está na construção de uma colisão de esquerda para derrotar Bolsonaro e o neoliberalismo em 2022, com partidos como, PSOL, PSB, PCdoB, PT e PDT. E a possível volta da esquerda ao poder argentino, sinaliza uma mudança de postura na América Latina.
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