Betinho Gomes, Fabíola Cabral, Kéko do Armazém e Antonio Resende. Foto: Reprodução
Já diz o ditado popular que um reino onde há dois senhores a subsistência é quase que impossível, e na cidade do Cabo de Santo Agostinho a conjuntura política é de aparente divisão no grupo governista, isso por que as movimentações da atual deputada estadual, Fabíola Cabral (PP), é de quem quer disputar a prefeitura da cidade. Só que o  prefeito interino Kéko do Armazém (PDT), também tem o desejo e é legítima sua candidatura a reeleição, já que o prefeito Lula Cabral (PSB), ao que tudo indica, não deverá ter condições jurídicas de disputar a eleição. 

O atual prefeito Kéko, que ainda governa com a composição feita por Lula Cabral, não percebeu ainda que necessita de um grupo próprio para disputar a reeleição, e que a deputada Fabíola se movimenta politicamente para rifar seu nome e assumir o posto de candidata a prefeita em 2020.

Um dos sinais mais explícitos foi a criação de um gabinete externo no Cabo de Santo Agostinho, mesmo a deputada tendo criado o gabinete itinerante. Esse aceno da deputada é uma clara evidência de sua pretensão política para o comando do executivo municipal.

Caso não se atente para o cavalo de troia que rodeia sua gestão, o prefeito Kéko do Armazém poderá ficar literalmente a ver navios. Uma das principais iniciativas do prefeito para começar a mexer no tabuleiro das articulações políticas, seria a mudança majoritária do seu secretariado por pessoas de sua confiança e que sejam fieis escudeiros no momento da campanha eleitoral. Assim seria um recado direto que o prefeito tem o domínio de sua gestão, e não o prefeito afastado Lula Cabral e sua filha a Deputada Fabíola Cabral.

Com uma possível divisão dentro da gestão, quem sai ganhando com o racha é o ex-deputado federal, Betinho Gomes (PSDB), que deverá tentar mais uma vez chegar ao comando da prefeitura do Cabo. Movimento como #OCaboMereceRespeito, criado por moradores de Ponte dos Carvalhos, a vinda do delegado Antonio Resende (PP) para o Cabo, que atualmente cumpre mandato de vereador em Carpina, podem se revelar fatos novos, e desbancar o clã Cabral que governa o Cabo a mais de 12 anos.

Pergunta que não quer calar: O prefeito Kéko do Armazém está esperando o que para começar a se movimentar politicamente e montar seu próprio grupo político?