Mudança de postura do eleitorado poderá quebrar hegemonia política entre Gomes e Gouveias em Escada

Escada vive há anos uma polarização que tem demandado ao município muitos fracassos na gestão publica e na qualidade da política

Edilene Gomes e Lucrécio Gomes (à esquerda), Mary Gouveia e Jandelson Gouveia (à direita).

Muitos anos já passaram desde a quebra da hegemonia do ex-prefeito José Alves, quando deixou o governo em 2004, havendo naquele ano uma virada histórica na política municipal com a eleição e um desconhecido, que vendeu durante aquelas eleições a imagem de Robin Hood (defensor dos fracos e oprimidos), assim alcançou seu primeiro mandato o ex-prefeito Jandelson do Gás, que deve até sua morte a vitória ao seu irmão e ex-prefeito de Primavera Galego do Gás.

Pois bem, anos se passaram e a quebra da polarização entre Zé Alves e Zé Mario Leite, em 2004 foi quebrada. Quem ganhou a imagem de contraponto a família Gouveia em Escada, foi o ex-deputado estadual e atual prefeito de Escada, o empresário Lucrécio Gomes. Porém a repetição do modelo de polarização entre Gouveias, e Gomes, já dura pouco mais de 13 anos em Escada.

Nas eleições deste ano, figuras representantes das duas forças, devem voltar ao ringue pelo voto dos escadenses, desta vez uma briga entre a ex-primeira dama Mary Gouveia, e a atual primeira dama Edilene Gomes. O que as oligarquias políticas da cidade esquecem, é que a política nacional tem feito a população refletir, e sabemos bem que ambos os lados não representam o novo já faz um tempo.

Com esse novo comportamento do eleitorado, se abre uma lacuna no sentimento da população, e na decisão na hora do voto, e principalmente nos requisitos necessários para um candidato receber o voto de confiança. Mesmo havendo a chamada política assistencialista que toda a eleição ocorre, mas essa demanda hoje representa bem menos que em outras eleições.

A compra de voto obviamente deverá existir, assim como em outras eleições, mas se essa barganha se transformará em voto são outros quinhentos, isso porque o eleitor tem criando um mecanismo de defesa, o chamado "como de todos e voto em quem eu quero", se a expertise dos eleitores for posta em prática, a política deste ano poderá proporcionar surpresas e o sinal do declínio de uma hegemonia que já se arrasta por mais de uma década.

Quem se contrapor a essas forças nas eleições deste ano, falando a linguagem do povo, e chegando perto da população para tratar de assuntos sensíveis a sociedade, sem o estelionato eleitoral, terá grandes chances de obter uma votação expressiva ou quem sabe uma vitória nas urnas.

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