Temer diz que barrar a denúncia será um 'esforço pelo país'

Ele também disse que o conteúdo da acusação é frágil e que foi vítima de um "banditismo conspiratório" do empresário Joesley Batista


Folhapress - Em jantar com a base aliada, o presidente Michel Temer fez um apelo nesta terça-feira (1º) para que os parlamentares governistas marquem presença na votação de denúncia contra ele por corrupção passiva.

Segundo ele, que fez um breve discurso, aqueles que votarem para barrar a denúncia estarão fazendo um 'esforço pelo país' e farão com que o Brasil "inaugure uma nova fase" de sua história.

Ele também disse que o conteúdo da acusação é frágil e que foi vítima de um "banditismo conspiratório" do empresário Joesley Batista. O peemedebista participou de jantar promovido pelo vice-presidente da Câmara, Fabio Ramalho (PMDB-RJ), em seu apartamento em Brasília.

Em sua chegada, o presidente foi aplaudido e teve de posar para fotografias ao lado de Wladimir Costa (SD-PA), que fez uma tatuagem em homenagem ao peemedebista.

Segundo relatos de presentes, o episódio deixou Temer um pouco desconfortável. "Eu fiz uma fotografia com meu ídolo e vários parlamentares disseram que irão procurar um tatuador para fazer homenagem parecida", disse Costa.

Além da saia-justa, o presidente passou por outro incômodo. O elevador do prédio quebrou antes da sua chegada e ele teve de subir os seis andares de escada.
O anfitrião negou que o incidente seja um mau-presságio para a votação de quarta-feira (2). "Não é mau-sinal, mas prova de que ele tem um vigor físico e está preparado. Ele malha", disse Ramalho.

Presente no encontro, Heráclito Fortes (PSB-PI) brincou que o episódio tratou-se de um "boicote do PT" para prejudicar o presidente. O peemedebista tentará nesta quarta-feira (2) enterrar de vez a primeira denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República) contra ele.

Ele é acusado do crime de corrupção passiva por supostamente ser o destinatário da mala com R$ 500 mil repassados pela JBS ao deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), seu ex-assessor.
Esta é a primeira vez que um presidente da República é denunciado no exercício do cargo.

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