Após reunião, líderes defendem Geddel e preparam manifesto de apoio

Para líder do DEM, Pauderney Avelino (AM), Geddel cometeu uma 'falha humana' e ex-ministro Marcelo Calero teve uma 'interpretação de forma equivocada'

Ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, após série de reuniões em Brasília nesta terça-feira, 22

BRASÍLIA - O ministro-chefe da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, recebeu o apoio de líderes dos partidos da base aliada durante reunião realizada no Palácio do Planalto, que teve tom de desagravo. Os líderes também assinaram um documento de apoio ao ministro, que será formalmente entregue à tarde. Mais cedo, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, defendeu o que chamou de 'vital' permanência Geddel no governo federal.

O líder do governo na Câmara, André Moura (PSC-SE), avisou que o documento a favor do ministro começou a ser elaborado na segunda-feira, 21, e que só deve ser entregue quando todos os líderes chegarem a Brasília. "Vamos entregar o manifesto pessoalmente esta tarde (de terça-feira, 22)", afirmou.

O deputado Jovair Arantes (GO), líder do PTB, abriu a reunião defendendo o ministro, postura endossada pelos demais presentes. O líder do DEM, Pauderney Avelino (AM), reconheceu que Geddel errou ao levar o governo federal a um tema "pequeno" e "paroquial", mas justificou que "todos somos falíveis". Para ele, se cometeu uma "falha humana" ao "tratar de um assunto que não caberia", mas destacou que "é preciso passar por cima disso e pensar nos grandes problemas nacionais, ainda mais que o pedido (para interceder na manutenção da obra) não foi aceito".

Pauderney comentou, também, que o comportamento de Geddel "não é adequado". "Mas temos problemas enormes no País para resolver", argumentou. Segundo o parlamentar amazonense, o ministro deu explicações e todos entenderam. Para ele, houve uma "interpretação de forma equivocada" pelo ex-ministro da Cultura Calero. Ele afirmou, ainda, que conversou com o prefeito de Salvador, Antônio Carlos Neto, sobre o assunto e este lhe assegurou que "não há nenhum problema com o empreendimento".

Geddel foi acusado pelo ex-ministro da Cultura Marcelo Calero de tráfico de influência por pressionar a liberação de um prédio em área histórica de Salvador.

Antes de a reunião ser encerrada, o ministro foi chamado ao gabinete do presidente Temer para conversar sobre uma manifestação de índios que acontece em frente ao Palácio do Planalto.

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