Ato ocorreu na manhã desta segunda-feira (1º) na Assembleia.
Melo voltou a negar compra de votos nas eleições de 2014.
G1
Um manifestante atirou notas falsas de R$ 100 no governador cassado José Melo (PROS) durante coletiva sobre a Mensagem Governamental que abre os trabalhos da Assembleia Legislativa do Amazonas, em 2016. O ato ocorreu na manhã desta segunda-feira (1º), na capital.
"Pega teu dinheiro", disse o homem ao jogar as notas, que tinham o rosto de Melo impresso nas cédulas falsas. Após o ato, Hinaldo de Castro Conceição, de 20 anos, foi retirado do local por seguranças da Assembleia.
Em frente à Casa Legislativa, um grupo com cerca de 80 manifestantes carregava cartazes e faixas contra o governo Melo. Também houve manifestação a favor da permanência dele no Executivo.
Melo declarou que considerou o ato do manifestante desrespeitoso.
"Eu sou um professor. Como professor, a vida toda, eu ensinei meus alunos alguma coisa. Uma delas é a questão da democracia. A democracia é um bem precioso que temos que cultivar. Falta de respeito não está na democracia, portanto encarei aquilo como uma falta de respeito. Mas, como todo mundo sabe, tem muitas encomendas feitas por aí", disse.
Hinaldo Conceição disse ter sido agredido por seguranças da Assembleia após o protesto. O manifestante compareceu ao 12° Distrito Integrado de Polícia (DIP) para registrar Boletim de Ocorrência sobre agressão. Segundo Hinaldo após atirar as notas falsas no governador, um funcionário da Assembléia, teria usado de força, e o jogou em uma sala, passando a agredir o mesmo fisicamente.
O presidente da Assembleia, deputado Josué Neto, disse que irá apurar se algum funcionário teria agredido o manifestante após o ato.
O presidente da Assembleia, deputado Josué Neto, disse que irá apurar se algum funcionário teria agredido o manifestante após o ato.
Cassação
A cassação dos mandatos de José Melo e do vice, Henrique Oliveira (SD), ocorreu na segunda-feira (25), pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AM),. Ela foi motivada por ação da coligação "Renovação e Experiência", adversária de José Melo nas eleições de 2014. A chapa tinha como candidato o atual ministro de Minas e Energia e ex-governador Eduardo Braga (PMDB-AM).
José Melo tem até o dia 4 deste mês para entrar com recurso contra a decisão.
"O acórdão já foi publicado e hoje [segunda-feira, 1] os nossos advogados vão tomar conhecimento de algumas manifestações feitas pelos juízes da Corte, extra autos. Somente hoje, nossos advogados tomaram ciência e, a partir de então, eles vão, ao analisar, vão decidir qual o remédio jurídico. Quero dizer que eu respeito a decisão da Corte, mas eu vou usar tudo o ordenamento jurídico me permite. Vou chegar até o Supremo Tribunal Federal porque eu tenho consciência de que me foi me negado o direito pleno de minha defesa", afirmou.
O governador voltou a negar que tenha utilizado de atos ilícitos para vencer a eleição. "Decisão judicial você aceita ou recorre dentro do ordenamento jurídico brasileiro. Eu respeito a decisão judicial, como todo brasileiro tem que fazê-lo, agora, eu vou recorrer a todas a instâncias até o ultima instância, que é o Supremo, porque eu tenho convicção de que eu fiz uma eleição com 874 mil eleitores, uma diferença de 173 mil votos e eu me recuso a aceitar que 874 mil pessoas no Amazonas tenham vendido seu voto, disse.
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