Governo articula manter imagem de Cunha como vilão
Blog da Folha
O Planalto e o PT pretendem continuar rivalizando sobre o impeachment com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ainda que o congressista seja tirado do cargo em 2016. Para auxiliares da presidente Dilma Rousseff (PT), ter transformado o deputado em vilão vem dando resultado. A ideia, de acordo com a coluna Painel, da Folha de S. Paulo, é enfatizar que o pedido nasceu como fruto de um “pecado original” e que, contaminado desde o princípio, não tem legitimidade mesmo que Cunha já não esteja à frente do processo formalmente.
A tropa do peemedebista, por outro lado, já prepara discurso para que o vice-presidente da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), puxe para si a decisão de anular ou não o processo do peemedebista no Conselho de Ética.
Segundo a publicação, a ideia é argumentar que, antes da publicação do acórdão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o formato da escolha do comando das comissões da Câmara, a CCJ não poderá deliberar sobre o tema. Assim, Maranhão teria legitimidade para pedir sozinho.
O comando da Comissão no ano que vem deve ser um dos principais cavalos de batalha na volta do recesso. Pelo acordo firmado para a eleição de Cunha, a presidência em 2016 vai ficar com o PMDB. Se Leonardo Picciani, do Rio de Janeiro, continuar como líder da bancada, haverá disputa entre a ala governista e os aliados de Cunha.
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