Janaína Paschoal destaca dia histórico com abertura de pedido de impeachment de Dilma Rousseff
Jovem Pan
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, aceitou nesta quarta-feira (2), a ação de impeachment da presidente Dilma Rousseff. A advogada Janaína Paschoal, autora de um dos pedidos ao lado dos juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Júnior falou com exclusividade com aRádio Jovem Pan e destacou que recebeu a decisão como o “início do resgate do país”.
Janaína explicou que o pedido, fundamentado nas pedaladas fiscais, se refere ao comportamento omisso da presidente. “Em nenhum momento escrevemos que ela desviou para ela, mas o que aconteceu próximo a ela e não agiu para evitar, como no caso dos diretores da Petrobras, tesoureiro de campanha e do partido, o líder do partido, Lula, que ela insiste em dizer que é indissociável dela e o poder que ela conferiu a essas pessoas”, comentou.
Apesar de destacar que este é um dia histórico, a advogada ressaltou que não considera esta uma situação feliz, “principalmente por se tratar de uma presidente mulher”. Janaína destacou que pela primeira vez falava em público sobre esta questão, e afirmou: “ninguém pode ser perseguido por ser mulher, mas também não pode ser defendido por isso. Gostaria que a primeira mulher presidente tivesse sucesso, mesmo sendo de um partido que nunca votei, mas a situação não é essa”.
O processo de impeachment, que se inicia com uma comissão que terá a finalidade de encaminhar a denúncia para o plenário da Câmara Federal, tem que começar em breve, sem esperar as festas de final de ano e o carnaval, como costuma acontecer no Brasil, apontou a advogada.
“É um processo bastante detalhado, com todos os deputados e senadores envolvidos e também o presidente do STF, que tem que começar a correr, mas com todas as garantias observadas”, reforçou.
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