Blog da Folha
O tempo de TV tem se mostrado determinante nas últimas eleições realizadas no Brasil. Normalmente, o detentor da maior fatia acaba levando a melhor sobre os seus adversários,justamente por contar com recursos para a apresentação de propostas e para combater adversários. De olho nessa química, a presidente Dilma Rousseff (PT) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estão correndo para fechar uma coalização (semelhante a que o governo ostenta no Congresso Nacional) que possa garantir o dobro da exposição no rádio e na TV para a petista em relação aos seus dois principais adversários, Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB).
Atualmente, Dilma conta com o sim de dez partidos de sua base para o “projeto reeleição”. Muitas dessas legendas acabam nem atingindo a casa do um minuto no guia eleitoral, no entanto, siglas como o PMDB, PSD, PROS e PP garantem um reforço significativo na exposição da presidente. A expectativa é a de que a chefe do Executivo nacional possa ter algo em torno de 13 minutos, do total de 25 min.
Nas contas que anda fazendo, o ex-governador Eduardo Campos trabalha com a estimativa de que terá em torno de 3 minutos na TV. Contudo, ele ainda não conseguiu superar a marca dos 2 min. Em sua aliança, o socialista não conta com nenhuma legenda que chegue a casa de um minuto. Entre os aliados, o PPS exibe a maior quantidade de segundos, 27.
Já Aécio sinaliza para um tempo de rádio e TV na faixa dos quatro minutos. Além do 1’51” do seu PSDB, o tucano conta com 1 minuto do Solidariedade e deve fechar com os 56 segundos do Democratas, os 23 segundos do PRTB e os pouco menos de 20 segundos do PMN.
Mas não é só a exibição do maior programa de rádio e TV que importante para a petista. Vale lembrar que o PT tem exibido um material de extrema qualidade nas últimas eleições presidenciais. Assinados pelo jornalista/marqueteiro João Santana, os vídeos das postulações petistas têm presado pela emoção. A imagem dos governos petistas tem sido relacionada, com eficiência, à transformação do País e, principalmente, da qualidade de vida dos brasileiros. A carga emotiva que Santana procura imprimir acaba criando uma relação mais próxima entre os seus postulantes e o eleitor. E, com tempo de TV de sobra, ele promete abusar disso.
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