É quase inacreditável a entrevista do secretário de Defesa Social publicada hoje no JC. Uma pérola de puro besteirol e desrespeito.
Por Daniel Coelho
Em uma das respostas, ele diz que tem desvio de conduta em todo lugar, e completa: ”Tem na casa da gente, tem um irmão que é homossexual, tem outro que é ladrão...”. Uma declaração claramente homofóbica, desrespeitosa e agressiva. Colocar homoafetivos e ladrões como exemplos de desvio é uma agressão sem tamanho a inúmeros cidadãos de bem. Repudiamos a declaração. Desvio é um secretário de Estado dizer uma asneira dessas.
Em um outro trecho, ele diz que as mulheres do município de Floresta, ao ver um colete da polícia, ficavam todas “sassaricadas” e ainda afirma: “Às vezes tinham namorado, às vezes eram mulheres casadas. Pra ela é o máximo tá dando pra um policial. Dentro da viatura, então o fetiche vai lá em cima, é coisa de doido.”
Vejam que afirmações machistas e agressivas às mulheres em geral e, pior, para as famílias de Floresta. O que conheço da cidade sertaneja, me mostra um povo família e respeitador. Ainda não acredito na capacidade de afirmar quer mulheres casadas faziam sexo em viaturas policiais. E contar isso quase se vangloriando da condição de galã da farda. Um pensamento machista e agressivo a todas as mulheres.
Para completar, uma agressão às famílias de policiais. Imagine como devem estar os filhos e esposas de policiais nesse momento ao verem a afirmação dele dizendo: “Todo policial militar mais antigo tem duas famílias, tem uma amante, duas.” Não chegou nem a falar de alguns policiais, foi infeliz ao ponto de dizer “todo policial”.
Tenho respeito à pessoa do secretário, ao seu trabalho, mas não podia deixar de me manifestar a respeito dessas declarações. Pois, como sociedade queremos dele esse mesmo respeito. Considerando que todos podemos errar, seria o mínimo um pedido de desculpas publico a comunidade LGBT, as mulheres pernambucanas, ao povo de Floresta e as famílias de policiais militares. Nunca vi em uma entrevista alguém conseguir agredir tanta gente. Registro minha indignação.
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