O Secretário Wilson Damázio deve desculpas ao povo pernambucano

É quase inacreditável a entrevista do secretário de Defesa Social publicada hoje no JC. Uma pérola de puro besteirol e desrespeito.

Por Daniel Coelho

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Em uma das respostas, ele diz que tem desvio de conduta em todo lugar, e completa: ”Tem na casa da gente, tem um irmão que é homossexual, tem outro que é ladrão...”. Uma declaração claramente homofóbica, desrespeitosa e agressiva. Colocar homoafetivos e ladrões como exemplos de desvio é uma agressão sem tamanho a inúmeros cidadãos de bem. Repudiamos a declaração. Desvio é um secretário de Estado dizer uma asneira dessas.

wilson damásio farda
Em um outro trecho, ele diz que as mulheres do município de Floresta, ao ver um colete da polícia, ficavam todas “sassaricadas” e ainda afirma: “Às vezes tinham namorado, às vezes eram mulheres casadas. Pra ela é o máximo tá dando pra um policial. Dentro da viatura, então o fetiche vai lá em cima, é coisa de doido.”
Vejam que afirmações machistas e agressivas às mulheres em geral e, pior, para as famílias de Floresta. O que conheço da cidade sertaneja, me mostra um povo família e respeitador. Ainda não acredito na capacidade de afirmar quer mulheres casadas faziam sexo em viaturas policiais. E contar isso quase se vangloriando da condição de galã da farda. Um pensamento machista e agressivo a todas as mulheres.
Para completar, uma agressão às famílias de policiais. Imagine como devem estar os filhos e esposas de policiais nesse momento ao verem a afirmação dele dizendo: “Todo policial militar mais antigo tem duas famílias, tem uma amante, duas.” Não chegou nem a falar de alguns policiais, foi infeliz ao ponto de dizer “todo policial”.
Tenho respeito à pessoa do secretário, ao seu trabalho, mas não podia deixar de me manifestar a respeito dessas declarações. Pois, como sociedade queremos dele esse mesmo respeito. Considerando que todos podemos errar, seria o mínimo um pedido de desculpas publico a comunidade LGBT, as mulheres pernambucanas, ao povo de Floresta e as famílias de policiais militares. Nunca vi em uma entrevista alguém conseguir agredir tanta gente. Registro minha indignação.

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